sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Teatro, dança, mágica e folclore movimentam Tobias Barreto no segundo dia do IV TobiArte


Split Stúdio/SP (mágica) | Foto: Notícias a Granel

Risos e aplausos para a arte sergipana. Em cena, o público do IV Festival de Arte de Tobias Barreto, que acompanhou atento às apresentações do segundo dia nesta quinta-feira, 24. Companhias de teatro e dança de Aracaju e de Estância, escolas do município e até um grupo de mágica de Belo Horizonte ocuparam a arena Aderbal Correia, na Praça do Cruzeiro.
Para chamar o público da cidade, pífano, samba de coco, grupo percussivo e trança-fitas num cortejo folclórico cheio de cor e sons. Após deixar a praça da Matriz, os grupos animaram os passantes da Avenida 7 de Junho e chegaram ao palco onde estudantes tobienses já encenavam suas peças preparadas especialmente para o evento.

Maria Valdice dos Santos, diretora da EMEF | Foto: Notícias a Granel

Outro cortejo que movimentou e coloriu as ruas do município foi o da Escola Municipal de Ensino Fundamental Iraildes Padilha Carvalho. “Nossos alunos pedem para estar dentro do movimento das artes. A preparação demora cerca de um mês e após a apresentação sempre há comentários entre eles”, ressalta a diretora do colégio Maria Valdice dos Santos. Mas lamenta: “Que pena que é só uma vez durante o ano. Devia ser dividido nos dois semestres, até para movimentar mais os nossos jovens para poderem participar”, sugere ela.
Companhias
Risocínico/Estância | Foto: Notícias a Granel

De Estância, o grupo Risocínico interpretou o texto português O ferreiro e a Morte. Para ator e diretor Luis Carlos du Santus, o TobiArte já se equipara a outro importante festival cultural sergipano, de grande projeção nos anos 80. “Eu acredito que o Festival de Arte de Tobias Barreto está praticamente já substituindo o Festival de Arte de São Cristóvão. Nós temos o de cultura popular, que é o Festival de Laranjeiras, mas de artes cênicas, de forma geral, hoje é Tobias Barreto que ocupa esse espaço. O secretário de Cultura, Nilsinho, é um idealista, merece todo o respeito dessa cidade e de Sergipe. Esse festival é muito importante, é espaço para os artistas de Sergipe mostrarem seus trabalhos, é espaço para intercâmbio e é espaço, principalmente, para projetar Tobias Barreto no cenário das artes no Estado”, reforça o estanciano.
Cigari/Aracaju | Foto: Notícias a Granel

Para o também ator e diretor Roney David, da aracajuana Companhia Cigari, o TobiArte concede peso ao currículo dos artistas. “Estar aqui é um registro histórico de trabalho, vai ficar para o resto da vida. Participar de cada edição significa que deixamos uma marca”, afirma ele, que já havia se apresentado no ano passado com um espetáculo infantil. “Foi muito bom pra nós, para o festival e para o público porque foi bastante divertido. Eles não sabem qual é o próximo passo e a próxima cena. A gente sabe que a coisa está funcionando quando vê nos olhos da plateia a expectativa de ‘o que vem por aí?’. E a recepção deles é percebida por nós com muita alegria. Adoro nosso público”, revelou David.


Contempodança/Aracaju | Foto: Notícias a Granel

A dança também esteve presente na segunda noite do IV TobiArte. Baseada no processo ritualístico de fabricação dos busca-pés de Estância, com menção desde a retirada do bambu na mata até a batuca que sai às ruas com seus tamancos, a Contempodança, de Aracaju, prendeu a atenção dos espectadores a seus passos e movimentos. “Já nos apresentamos na última edição e a receptividade do público foi muito boa. Dançamos em praça aberta e as pessoas paravam pra assistir. Este ano nesse espaço maior e com um público maior, a expectativa também aumenta”, comentou a dançarina Leilinha Nascimento, momentos antes de subir ao palco.
O mágico Henry Vargas

Pela primeira vez em Sergipe, além de encantar os presentes, o mágico mineiro Henry Vargas capturou as reações do público para usar no documentário Destino Mágico, que está sendo rodado em caravana pelo Nordeste em shows e festivais e que conta sobre a carreira do jovem mágico, de 21 anos, e também sobre a origem, história e perspectivas da mágica no Brasil atual. “Encontramos aqui uma grande estrutura. A recepção do público é muito calorosa. Eu vejo que a reação é muito forte. E como não tem ainda o desenvolvimento tão grande da mágica no Nordeste, é uma experiência muito incrível poder ver e reconhecer essa expectativa e a reação que as pessoas têm quando veem mágica pela primeira vez”, enfatizou Henry.

Para o casal Drielle Esteves dos Santos e Salomão Fontes de Lima, ela tobiense e ele da baiana Feira de Santana, a palavra de ordem do festival é cultura. “Acho que é um incentivo para as pessoas porque é cultura, e tudo que é cultura é bom. E pra nossa cidade que é pequena e não tem quase nada é bom”, opinou a moça. Sucinto, o rapaz atestou: “Achei legal! Eu gosto. É cultura!”.
E tem mais arte e cultura no terceiro dia do IV Tobiarte nesta sexta-feira, 25. Confira a programação! 


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