Maracatu de Japaratuba | Foto: Notícias a Granel
Samba de Coco | Foto: Notícias a Granel
O terceiro dia do IV Festival de Arte de Tobias Barreto uniu tradição folclórica e despertar artístico nesta sexta-feira, 25 de outubro. Grupos de Itaporanga D’Ajuda e Japaratuba mostraram ao público as cores e os sons dos folguedos históricos de seus municípios horas antes da primeira companhia teatral formada em Tobias Barreto fazer sua estreia nos palcos.
Caboclinhos do Povoado Duro | Foto: Notícias a Granel
Zariguim | Foto: Notícias a Granel
Com mais de 50 anos de história, os Caboclinhos do Povoado Duro, de Itaporanga D’Ajuda, guiados por Mestre Jadinho dançaram e cantaram entusiasmados na Arena Aderbal Correia, na Praça do Cruzeiro. Uma alegria para os espectadores e para os próprios brincantes. “É bom, é divertido! Dancei a primeira vez e achei bom”, explica Zariguim, de 10 anos e um dos mais novos do grupo, o gosto dele pela dança.
Integrantes do Maracatu de Japaratuba entoaram os cantos também passados de geração a geração. “Foi uma maravilha ter vindo aqui pela primeira vez e ter recebido muito amor e carinho”, afirmou Janete Silva dos Santos, que vê nas viagens a outros municípios uma oportunidade de estimular os vizinhos. “É levar minha cultura pra outras cidades pra não deixar na própria cidade deles acabar, pra que eles vejam que na cidade da gente tem, e dar força a eles pra levar em frente”, destacou.
Ainda mantendo tradições culturais de Japaratuba, o Grupo Cultural Quilombola Guerreiras Negras também demonstrou aos tobienses suas manifestações folclóricas. Maria Normélia Melo, representante do grupo, acrescentou o valor social da participação no festival. “Foi muito importante mostrar nosso trabalho e como é uma comunidade quilombola. Mostrar que o negro tem os mesmos direitos que o branco”, ressaltou ela.
Companhia Teatro em Cena | Foto: Notícias a Granel
E o que é apresentado nos palcos de todas as edições do TobiArte já tem rendido frutos. A prova foi a estreia da companhia Teatro em Cena, formada este ano na cidade, com a peça A Caixa de Zatrah. A experiência foi um misto de nervosismo e satisfação revelado pelo diretor e ator do grupo, Daniel Carlos. “O TobiArte influenciou muito na formação do grupo. Tivemos todo o apoio da Secretaria de Cultura. Também foi graças à nossa vontade de meter as caras na arte – um ramo que não dá fins lucrativos – que hoje estamos aqui. Estamos ansiosos, mas vai dar tudo certo”.
C(S)em Nelson/Stultifera Navis | Foto: Notícias a Granel
A noite foi completada com a participação da companhia aracajuana Stultifera Navis, que participa desde a primeira edição do Festival de Arte de Tobias Barreto. Na Arena Aderbal Correia o grupo apresentou o espetáculo C (S)em Nelson, e logo após, no casarão que abriga a Secretaria de Cultura, Juventude e Turismo, o premiado Cabaret dos Insensatos. “Hoje em dia o TobiArte é um dos festivais mais importantes que a gente tem no Estado, se não o mais importante, e que faz com que a gente compreenda que os festivais podem ser feitos aqui nas cidades que fazem parte de Sergipe. É fundamental estar aqui mais uma vez”, avalia Lindemberg Monteiro, diretor da Stultifera Navis.
Cabaret dos Insensatos/Stultifera Navis | Foto: Notícias a Granel
Ele pondera ainda sobre o benefício do festival de arte para o público tobiense. “O mais importante é que a sociedade de Tobias Barreto está convivendo mais com teatro e reagindo mais enquanto público que pensa, que pode consumir teatro. Isso a gente percebe nas pessoas que assistem aos espetáculos”, afirma Lindemberg.
Neste sábado Tobias Barreto recebe mais arte, cultura e tradição com apresentação do Barco-de-Fogo de Estância e da Orquestra Sinfônica 28 de Agosto, de Itabaiana, além de espetáculos do Grupo Raízes Nordestinas, de Poço Redondo; da Cia Imprevisíveis, de Aracaju, e do grupo de teatro de rua mais antigo do país, também aracajuano, Imbuaça, com a Farsa dos Opostos.
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